O Conselho Regional de Biomedicina da 2º Região (CRBM2) lançou nas suas redes sociais o quadro “Biomedicina na História” para falar de curiosidades sobre a profissão e conhecer o trabalho de biomédicos que têm feito a diferença.

Em meio à pandemia por Covid-19, várias mulheres se destacaram por estar na linha de frente do combate contra o coronavírus, e Jaqueline Goes de Jesus tem dado contribuições significativas ao avanço do conhecimento em seu campo de trabalho. 

Nascida na Bahia, área coberta pelo CRBM2, Jaqueline Goes de Jesus, 31 anos, é uma biomédica e pesquisadora. Ela distinguiu-se por ser uma entre muitas mulheres cientistas que fizeram parte da equipe responsável pela sequenciação do primeiro genoma do vírus SARS-CoV-2 apenas 48 horas após a confirmação do primeiro caso de COVID-19 no Brasil.

A baiana é graduada em biomedicina e doutora em patologia humana e experimental pela Universidade Federal da Bahia UFBA em associação com a Fiocruz. Em 2018, Jaqueline estava em Birmigham num estágio onde desenvolveu e aprimorou protocolos de sequenciamento de genomas completos pela tecnologia de nanoporos do vírus Zika, além de protocolos para sequenciamento direto do RNA que teve consequência em seu trabalho com o Sars-CoV-2.

O trabalho desenvolvido pela equipe na qual Jaqueline estava, permitiu diferenciar o vírus que infectou o paciente brasileiro do genoma identificado em Wuhan, o epicentro da epidemia na China. As amostras revelaram que este caso estava mais próximo de versões do coronavírus observadas na Alemanha.

A pesquisadora baiana recebeu vários prêmios e foi homenageada em diversas ocasiões pelo trabalho desenvolvido na luta contra o coronavírus. Jaqueline integra ainda, o Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, diagnóstico, Genoma e Epidemiologia de Arbovírus, um projeto de monitoração de epidemias com o objetivo de dar respostas em tempo real.

Biomedicina na História: Conheça o trabalho de Jaqueline Goes de Jesus